terça-feira, 25 de junho de 2013

Estivemos, estamos e estaremos nas ruas!

A população brasileira voltou às ruas! A luta por um transporte mais barato e de qualidade rompeu o silêncio de muitos, e trouxe para as ruas milhares de pessoas que reivindicam mudanças reais e mais profundas em nosso país. Para nós, da Coordenação dos Movimentos Sociais, a luta popular nunca dormiu e agora retomou sua capacidade de mobilização.

Nossos jovens estão percebendo a necessidade de enfrentamento com aqueles que impedem avanços no processo de redistribuição da riqueza, do acesso a saúde, educação, a terra, cultura, da participação política e da democratização dos meios de comunicação.

A intensa mobilização da juventude assustou setores conservadores da sociedades, que, com medo, tentam colocar as suas próprias reivindicações como sendo a dos manifestantes. De forma oportunista, a elite tenta aproveitar desse momento para promover retrocessos em nosso país.

Quando nos levantamos para denunciar essas atrocidades cometidas contra o povo, o aparelho repressivo do Estado age a serviço da elite. Essa mesma elite que tem como porta-voz a grande mídia e que exerce sobre o povo uma violẽncia cotidiana ao criminalizar os movimentos sociais e manipular as informações sobre a realidade do país e do mundo.

A mudança no Brasil não pode parar, muito menos voltar pra trás. Não admitiremos que sejam acordados gigantes que trouxeram as trevas ao país, como os 21 anos de ditadura militar. Precisamos avançar na implementação de um projeto realmente popular nesse país.

Dessa forma, reafirmamos que o que nos traz às ruas hoje é a luta por direitos sociais para a população brasileira. Trata-se de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso a sociedade. O momento é favorável, temos que buscar a construção de um projeto que atenda as demandas do provo brasileiro.

Pelo que lutamos?

- Passe livre: As políticas de mobilidade precisam voltar-se ao transporte coletivo, garantindo direito de uso da cidade para toda a população.

- Reforma Política: contra o financiamento privado das campanhas eleitorais, ampliando garantias da participação popular nas decisões.

- Investimento em educação: 10% do PIB para a educação e 100% dos royalties do pré-sal destinados a educação brasileira.

- Lei da mídia democrática. Chega de manipulação, queremos liberdade, pluralidade e diversidade na mídia.

- Taxação das grandes fortunas que os ricos paguem a conta.




Assinam o texto

Coordenação dos Movimentos Sociais

CONAM - Confederação Nacional das Associações de Moradores
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT - Central Única dos Trabalhadores
Levante Popular da Juventude
MAB - movimento dos Atingidos por Barragens
MMM - Marcha Mundial das Mulheres
MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores
MTD - Movimento dos Trabalhadores Desempregados
MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Via Campesina
UBES - união Brasileira de Estudantes Secundaristas
UBM - União Brasileira de Mulheres
UJS - União da Juventude Socialista
UNE - União Nacional dos Estudantes
UEE- Livre - União Estadual dos Estudantes Livre
UNEGRO - união dos Negros pela Igualdade

Um comentário:

  1. Muito bom. Os movimentos sociais têm história de lutas e nunca estiveram distantes dos pleitos do povo, mas força e a garra ressurgiu com mais intensidade com as mobilizações populares de rua. O eixo principal, no meu entendimento, é a reforma política com financiamento público, não dando margem para a corrupção e outros desvios que possam surgir dentro dos aparelhos de estado por conta das dívidas e pactos firmados nas campanhas. O povo precisa permanecer na rua, mas com unidade, luta e organização, com direção e foco.

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